Luanda - Um total de 20 bancos comerciais atingiram nos últimos meses um activo líquido consolidado de cerca de quatro triliões de kwanzas, numa altura em que o sector emprega mais de dez mil funcionários, disse o presidente da mesa da Assembleia-Geral da Associação Angolana de Bancos (ABANC), José de Lima Massano.


Fonte: JA


O responsável, que falava na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da associação, que decorreu na sexta-feira, considerou a banca como sendo um dos pilares de sustentabilidade da economia nacional, ao assumir-se como um instrumento de harmonização e de interesses que visam fortalecer a economia. “A banca é também parceiro do Governo na promoção do bem-estar social”, disse o gestor.


José Massano reconhece ter havido uma melhoria a nível da capacidade técnica da associação, essencialmente por via do funcionamento regular dos grupos de trabalho dedicados ao tratamento de temas específicos de regulamentação bancária, gestão de riscos e no recurso bancário da economia.


A nível regional, afirmou, a acção da ABANC centrou-se na concertação de temas de integração económica ou financeira na qualidade de membros efectivos da Associação de Bancos da SADC.


O também presidente da Comissão Executiva do Banco Africano de Investimento esclareceu que, apesar do empenho da direcção cessante, não se assistiu à concretização da criação da Central de Risco, mecanismo que entende ser fundamental para o aumento da concessão de crédito bancário sob condições mais adequadas e de controlo de risco.


“Congratulamo-nos em saber que o BNA mantém o projecto entre as suas prioridades e que deve estar concluído ainda no presente exercício económico”, sublinha.


Para o presidente da ABANC,  Amílcar Azevedo, a complexidade da vida económica e financeira do país tem consolidado qualitativamente o sector bancário nacional, que assenta em estratégias de negócios que acabam por contribuir para um rápido crescimento do país.


“Tais atributos fazem da nossa associação um parceiro privilegiado e estratégico na gestão económica, cujo sucesso impõe a participação activa do sistema bancário, que se quer fiável, eficiente e eficaz. Comprometemo-nos a exercer a nossa actividade atentos à defesa dos interesses e promovendo relações de ética necessárias a uma desejável concorrência para o fortalecimento do sector bancário angolano”, disse, acrescentando que ABANC vai continuar ao dispor do Governo e do BNA para a construção de uma parceria actuante.