Luanda – A formação sustentada de quadros nacionais deve constituir uma das políticas a ser adoptada para se diminuir o recurso à mão-de-obra estrangeira, sugeriu hoje, o chefe do Gabinete de Desenvolvimento e Organização do Banco Nacional de Angola (BNA), Jorge Leão Peres.


Fonte: Angop
 

Economista Jorge Leão PeresEm declarações à Angop, sobre a formação de quadros como factor competitivo para a economia, o economista disse à Angop que por essa via se obterá as competências necessárias para se desenvolver uma série de actividades complexas, muitas delas ainda executadas por estrangeiros.

 

“O país não pode de maneira alguma estar dependente do exterior para o desempenho de determinadas actividades e conscientes disso as autoridades angolanas desenvolvem acções destinadas a inverter a situação ”, defendeu o quadro sénior do BNA.

 

Entre as acções de mudança do actual cenário, o economista mencionou a expansão da rede escolar básica e superior e do aumento de quadros superiores, fruto do empenho do Executivo e do sector empresarial público e privado.

 

Segundo Leão Peres, o aumento das instituições de ensino básico e superior e o consequente lançamento de técnico com curso profissionais e superiores com diversas especialidades constituem pressupostos básicos para que os angolanos assumam todas as funções decorrentes das actividades produtivas e de gestão.

 

Sobre o sector bancário e financeiro, a fonte realçou que a formação específica nesse domínio “também é bastante pertinente e a sua melhoria não depende só de universidades, mas da existência de instituições de capacitação e superação especializadas”.

 

“No caso temos como principal instituição especializada na formação de quadros para a banca o Instituto de Formação Bancária de Angola (IFBA) que dá as competências específicas, enquanto as universidades ministram conhecimentos gerais, como acontece em todo o mundo”, sustentou.

 

A actividade bancária é específica porque, entre outras funções, cria na sociedade angolana a educação financeira que permite maior adesão da população aos sistemas financeiro e bancário, justificou o economista.