O Comitê de Segurança Aérea da UE, reunido quarta-feira e hoje na capital belga, não tem previsto na sua ordem de trabalhos a análise do caso da transportadora aérea angolana, que só será tratado no próximo encontro, dentro de cerca de três meses.
 
A mesma fonte explicou que os problemas detectados na TAAG ainda não foram corrigidos e isso explica a manutenção da proibição de voar para a Europa.
 
Há um ano, em 4 de julho de 2007, Bruxelas anunciou a inclusão da TAAG na lista negra das empresas interditas de operar na Europa, por motivos de falta de segurança, depois de o Comitê de Segurança Aéreo, uma semana antes, ter aprovado por unanimidade uma decisão nesse sentido.
 
O processo relativo à TAAG remonta a abril de 2006, tendo sido a França a detectar "sérias deficiências" ao nível de segurança na frota da transportadora angolana.
 
A "lista negra" da Comissão Européia inclui cerca de uma centena de companhias aéreas proibidas de voar no espaço europeu por não aplicarem as normas de segurança e constituírem um perigo para os passageiros.
 
A lista é elaborada com base em contribuições nacionais dos Estados-membros, que comunicam a Bruxelas quais as companhias com eventuais problemas.
 
Na seqüência da reunião anterior do Comitê de Segurança Aérea da UE, a Comissão Européia decidiu em 11 de abril manter a TAAG na "lista negra", considerando que "continuam a verificar-se deficiências significativas na área da segurança".
 
"A decisão tem em conta os esforços envidados pela companhia aérea e pelas autoridades angolanas", reconheceu a Comissão Européia, num comunicado divulgado em Bruxelas, acrescentando, no entanto, que "continuam a verificar-se deficiências significativas na área da segurança que ambas as entidades deverão corrigir para que a TAAG possa ser retirada da lista".
 
Atualmente, a "lista negra" dos 27 proíbe as operações de todas as transportadoras da Guiné Equatorial, da Indonésia, da República do Quirguistão, da Libéria, da Serra Leoa, da Suazilândia e da República Democrática do Congo (RDC).
 
A UE impõe ainda uma proibição total de operação a nove transportadoras, entre as quais se encontra a TAAG.
 
A "lista negra" das companhias de aviação proibidas de operar no espaço aéreo dos 27 é atualizada trimestralmente.

Fonte: Lusa