Luanda - A Polícia Nacional e o ministério do Interior efectivaram algumas movimentações nalguns comandos provinciais e respectivas delegações provinciais. A província de Cabinda foi abrangida, o então comandante José Alexandre Candela, ora comandante do Namibe, foi substituído pelo então director do instituto médio de ciências policiais, comissário Eusébio Domingos de Almeida e Costa que, numa breve conversa, durante o acto de tomada de posse, no passado dia 29.10, falou do desafio. 


Fonte: Club-k.net

       
Pergunta: Como encara este desafio de representar a Polícia e o ministério do Interior numa província com certa especificidade como é Cabinda?

 

Eusébio Costa: Cabinda tem uma certa especificidade contudo não deixa de ser uma parte integrante do território angolano porque Angola é um Estado uno e indivisível e cabe a nós, como autoridade do Estado, fazer com que as leis sejam cumpridas. Como comandante provincial da policial e delegado do ministério do Interior terei de fazer uma radiografia operativa real da província a fim de conceber um plano operacional e estratégico de combate à criminalidade que vai cingir-se, principalmente, em fazer com que os implicados em acções criminais sejam responsabilizados criminal e judicialmente passando, com certeza, por um processo inicial de polícia através dos nossos órgãos de investigação para permitir que sejam levados ao fórum judicial.


E…


EC: Tendo em conta as fronteiras de Cabinda com os vizinhos Congos uma das grandes metas é também fazer com que haja uma protecção correcta da fronteira e da emigração de estrangeiros. A vasta fronteira comum com os dois congos, torna necessária uma regularização tanto na emigração de pessoas como de outros meios que possam entrar de maneira ilícita para o País como é o caso da droga e a realização de outras actividades que achamos pertinentes acompanhar, simultaneamente, como delegado do Interior como comandante da Polícia. Vamos fazer uma aposta dos quadros que poderão exercer estas actividades com a responsabilidade que exige para se alcançar os resultados efectivos e de maneira eficaz.
Conhece a província Cabinda?

 

EC: Conheço Cabinda de uma maneira particular, como uma província com as suas particularidades. Conheço a história da província, os seus problemas operativos mas, como disse, terei de estar no terreno para fazer um diagnóstico, uma radiografia mais concreta sobre os problemas e, nesta base, elaborar a planificação mais correcta para a realidade de Cabinda.


Mas não recebeu alguma orientação específica?


EC: Especifica não porque de uma maneira geral, Cabinda está dentro do contexto daquilo que se pretende como segurança, ordem pública e tranquilidade para o País. Temos que exercer a nossa actividade de maneira correcta dentro da política do Estado, dentro da política executiva do ministério do Interior e do comando geral da Polícia para garantirmos um franco desenvolvimento harmonioso socioeconómico e politico da província e do País.


O sentimento independentista de na província torna-o um território melindroso.


EC: O mais importante para nós, ministério do Interior e Comando geral da Polícia, é fazer com que haja o respeito pela Constituição, fazer com que a ordem e tranquilidade pública existam em Cabinda. Esta é a nossa função.

 

Com que sentimento deixa o Instituto Médio de Ciências Policiais


EC: De missão cumprida. Quando fui várias vezes chamado para exercer as várias actividades desempenhei com o maior zelo e rigor possível e procurei fazer o mesmo enquanto responsável do instituto. Ademais tenho formações no ramo da Sociologia, História e uma especialidade de professor o que me possibilitou organizar e deixar o instituto como está. Penso ter cumprido a missão tanto mais que no ano passado a direcção do instituto foi alvo de um louvor de sua excelência Comandante geral da Polícia. Foi um trabalho que começou praticamente da base e, neste momento, temos cerca de 3 mil elementos formados no instituto em vários níveis desde oficiais, formações de direcção e estratégias de enfrentamento, informação e análise, serviço de migração estrangeiro, investigação criminal, criminalística entre outros relacionados com a actividade policial e manutenção da ordem pública.