MPLA 33 anos no poder exclui diáspora ao voto

               Segundo uma nota do Angola Press, o presidente do CNE, Caetano de Sousa, esclareceu; neste acto eleitoral não será possível a participação dos angolanos no exterior do pais, devido as dificuldades encontradas nas missões diplomáticas e consulares da República de Angola por existir falta de registos consulares. As missões consulares angolanas no exterior não têm condições que permitam a participação inclusiva de todos" frisou.
              
Por outro lado, existem indicativos que apontam para uma razão diferente, sobre a exclusão ao voto da diáspora angolana. A poucos anos atrás passou por vários países da Europa, África e América uma comissão de deputados e não só, composta maioritariamente e chefiada por deputado do MPLA, no sentido de esclarecerem juntos das comunidades angolanas, sobre a eventual situação socioeconómica, política (…) no país, em debate aberto. O que eventualmente tenha sido também um trabalho de pesquisa e analise sobre a opinião da diáspora aos assuntos políticos e partidários.
             
 Em quase todos esses encontros, menos elogios e enumeras critica ao partido no poder a 33 anos. Levantaram-se questões da falta de uma equitativa gerência das riquezas e fundos públicos, corrupção, injustiça, falta de transparência e arquivação de vários processos de assassinatos de figuras políticas e da imprensa (jornalistas), injustiça social e judicial, intimidações, debilidades no sector da educação e saúde, fome e miséria, entre outras, foram questões muito levantadas pelos intervenientes da diáspora.

               As várias manifestações realizadas em desfavor ao MPLA em vários países, como Portugal, França, Canada, África do Sul, Benelux, etc. Constituíram também sérios indicativos para a exclusão da diáspora ao voto no próximo processo eleitoral.

               Porém, estes indicativos negativos o partido dos camaradas, não cruzou os braços, apostando seriamente em mudar este quadro. E tem vindo a fazer campanha de mobilização e recrutamento de simpatizantes, militantes e quadros para fazer parte do seu elenco, e tem sortido efeitos positivos. Em vários países, tais como Alemanha, França, Portugal, Brasil, Polónia, Benelux, Canada, África do Sul (…) já existem vários comités de acção do MPLA e com certeza que não ficarão por ai. Se assim é, já veremos nas próximas eleições, resoluções contrarias as actuais, sobre o voto da diáspora.

          Recordar que na era Savimbi, a UNITA era fortemente representada na diáspora com um número considerável de militantes e simpatizantes, Portugal, França, Benelux e alguns países africanos, eram terrenos férteis ao Galo Negro. Hoje, a Casa d'Angola, sedeada em Bruxelas, representação da UNITA no Benelux parece estar no esquecimento.

              Portanto, tal como estes dois partidos, existem outros também com representações no exterior de Angola, tais como o PADEPA, MPDA, etc.

* Fefe Varanda
Fonte: Club-K