A eleição de Teta Lando é, indubitavelmente, um reconhecimento a muito esperado pelos angolanos que apreciam a música nacional e, diga-se, feita em Angola.

Ninguém pode, em nome da verdade, da Justiça, da História e da cultura angolana, virar a cara ao contributo de Teta Lando à música nacional em particular e à cultura angolana em particular.

José Eduardo dos Santos, presidente da República, felicitou Teta Lando e disse estar certo que a nova direcção da UNAC “dará o melhor de si para que se concretizem os objectivos e metas definidas no vosso programa de acção”.

Reitero, literalmente, os votos do chefe de Estado angolano em relação à nova direcção da UNAC, agora liderada pelo senhor que deixa os angolanos de queixo caído quando dedilha a guitarra e solta a sua voz.

Contudo, não bastam elogios nem a certeza de que a nova direcção da UNAC vai concretizar os objectivos e metas definidas no seu programa de acção para mostrar aos seus associados aquilo que vale.

Para se concretizar objectivos e metas definidas é necessário, digo eu, que lhe seja facultada meios (técnicos, financeiros e apoio institucional do Governo) para poder mostrar aquilo que vale durante a vigência do seu mandato.

Se assim não se proceder, então serei obrigado a concluir que não gostam da música de Teta Lando que quando bambino fugava na escola para jogar a bola.

E só não gosta da música de Teta Lando, o senhor que não se cansa de enaltecer a beleza da mulher angolana, quem não está bom da cabeça (porque não a consegue menear) ou é doente do pé (porque não consegue escrever o seu nome no chão quando dá passadas).

* Jorge Eurico
Fonte: O Arauto