Luanda - Quatro jovens suicidaram-se, recentemente, em Tchavola e Tchimucua (Huila), devido a falta de resposta da parte do Governo da Província da Huila às suas residências demolidas, o distanciamento da escola e outros constrangimentos sociais, revelam as famílias e amigos dos falecidos jovens.


Fonte: Apostolado


Os referidos jovens residiam naquelas comunidades em situações deploráveis.  A par desta situação, segundo as comunidades que falaram para a voz de América, semanalmente morrem velhos e crianças, em consequência das condições desumanas oferecidas a população.

 

A frustração da população aumenta cada dia que passa, as promessas do consulado de dos Anjos em ajudar as comunidades a  erguerem a suas residências, não passaram de mera falsidade.

Madalena Tchitungo testemunha “a minha vizinha de sessenta anos atirou-se ao fogo depois de se ungir petróleo e faleceu. Francisco do Rosário, Testemunhou igualmente o suicídio de um jovem por enforcamento.

 

Numa carta encontrada no bolso do jovem que se suicidou reza “já não aguento a batida do Governador. Não me deram o que prometeram, não nasci para sofrer por isso decidi imolar-me”.

 

Outros dados apurados pela voz de América naquelas comunidades e confirmadas pelos activistas dos direitos humanos em retiro na cidade do Lubango, prendem-se com o suicídio de uma menina estudante universitária e três rapazes estudantes do ensino médio, cuja as idades não foram reveladas.


O Director da ONG Open Society, pastor Elias Isaac, lançou um repto ao Governo Angolano, aos Deputados a Assembleia Nacional e a Sociedade civil angolana, para se travar a onda de suicídios de jovens, resultante da frustração provocada pelas politicas condenáveis da governação da Huila.

 

"O povo votou em massa e hoje existem deputados no Parlamento. Angola é um pais democrático e não se pode permitir o que se esta a passar na Huila, de forma reiterada, que haja vozes dos representantes do povo, na mudança de atitude de governação", lamentou Elias Isaac.


A voz de América, constatou nos dois Campos de reassentamento dos sinistrados das demolições da cidade do Lubango, a imposição dos sentinelas que vigiam as comunidades que exprimem o que sentem, muitos, ainda assim fogem a disciplina e exprimiram o que lhes vem na alma.

 


Constatou-se igualmente que um número elevado de crianças, perderam o ano lectivo 2010, violando os onze compromissos assumidos internacionalmente pelo Governo angolano na protecção da criança. Mulheres chefes de família e geradoras de negócios, entraram em falência, complicando ainda mais a situação de pobreza.

 

A Maioria dos sinistrados das demolições do Lubango, de Março do ano em curso, estão a repetir a situação de triste memória. Pela segunda vez enfrentam as chuvas ao relento no matagal de Tchavola e Tchimucua.