Luanda – A jornalista da Radio Ecclésia no Namibe,  Florinda Canjungo que era dada pelos familiares como desaparecida apareceu resgatada de um cárcere privado de mais de quatro dias, numa das residências da Tinguita, junto das cavernas próximas do porto do Namibe.

 

Fonte: Club-k.net

 

A operação de resgate da Jornalista, foi gizada pelo Director província da policia de investigação Criminal Superintendente Pedro Lufungula que teve no terreno o seu adjunto  Eduardo Luís, apoiado por um patrulheiro, com mais de oito agentes policiais e outros especialistas, igualmente apoiado por familiares e colegas jornalistas da Florinda Canjungo que corresponderam massivamente a inquietação da família que  denunciou o desaparecimento.
 


As fontes, facilitaram a operação, ao  informar a mãe da jornalista, senhora Isabel Njepele admitindo que  Florinda, encontrava-se  em situação de cárcere privado de Lua de mel,  incomunicável, com o novo cara metade, conhecido por pescador Kinito.


O Club-k soube que  nas incursões tendentes a localização da jornalista Florinda Canjungo, quando muitos aventavam a hipótese  de ter sido raptada ou morte pelo regime do MPLA, teria sido localizada ainda as 7 horas de manha de sexta-feira, numa das casas, no famoso bairro Tinguita. Por volta das 9 horas, alguns jornalistas perseguiram as pegadas, com o apoio da irmã mais pequena da Florinda que serviu de guia, segundo o voto da mãe exausta, Isabel Njepele, finalmente, obtiveram o primeiro contacto com o presumível autor do cárcere privado, que prestou as seguintes declarações.


"Pergunta: Como se chama o senhor?

Carlos Fernandes Camati.

P:É namorado ou amiga da Florinda Canjungo?


namorado:


P: fala-se de que ela foi raptada ha quatro dias, o senhor confirma isto?

não foi raptada, ela ficou comigo cerca de dois dias, esta bem tratada e cuidada.

 


P: durante quatro dias em que a família está a procura dela, não foi raptada, está contigo?

Não está comigo ha quatro dias, mas sim ha dois dias.

 

P: podemos informar a família, a comunidade nacional e internacional de que a jornalista esta bem, não sofreu qualquer acto de barbaridade?

Sim, podem informar isto, ela esta bem e eu assumo que não ha problema."


Os jornalistas pediram na altura ao Carlos Fernandes Camati "Kinito" para que no mínimo, permitisse o contacto coma Jornalista, no sentido se obter dados fiáveis em relação a inquietação da família e da opinião nacional e internacional em relação ao presumível desaparecimento da jornalista, mas sem sucesso.
 


As 15H00 desta sexta-feira, o termômetro de desconfiança quanto ao paradeiro de Florinda Canjungo, jornalista da imprensa privada assumiu a dimensão publica nacional e internacional, A Radio Ecclesia, através dos editores, começam a pressionar os amigos da Ecclesia e instituições na província,  em causa a localização e confirmação do estado de saúde da jornalista. Igualmente as instituições nacionais em Luanda e internacionais. A policia foi solicitada a agir e esclarecer se a jornalista em causa esta viva ou não no meio de toda esta incerteza.


Por volta das 16H47 de sexta-feira, dia 4 de Janeiro A direcção da policia de investigação criminal não tinha outra saída, se não esclarecer os factos. A operação dirigida pelo Director adjunto da Policia de Investigação Criminal, Eduardo Luís foi esclarecedora e constituiu-se no calmante de quem queria ver o seu parente  no seio  da família. No bairro Tinguita, também conhecido por favelas do Namibe, localizada a residência que se presumia estar a jornalista, conforme informações, foi cercada por agentes policiais que comunicaram aos parentes do “Kinito” mandar sair do cativeiro, a menina Florinda Canjungo.
 

Segundo fontes no local, cumpriu-se, Florinda Canjungo, apresentou-se ao director  adjunto da DPIC Eduardo Luis chefe da missão, trajando vestido curto, ao passo que Kinito apresentou amarrado de toalha, a policia devolveu-lhe a residência para se vestir e apresentar-se condignamente, numa lição de moral, dada pela corporação.
 


Rumo ao piquete policial,A jornalista, Florinda Canjungo disse que não tinha a mínima noção de que a sua  ausência de quatro dias em casa dos pais, constituiria num motivo de pânico e preocupação para a classe e defensores dos direitos humanos. canjungo pediu água para saciar a sede, mas o momento não era propicio.

 
Posto no piquete policial, enquanto o presumível autor de cárcere privado" em amores", prestava declarações, o Director provincial da policia de investigação criminal, Pedro Lufungula, ordenou o director adjunto, acompanhado por um especialista criminalístico e jornalistas envolvidos na operação, proceder a entrega da  jornalista Florinda Canjungo a sua  família, no caso a mãe Isabel Njepele e a  irmão mais velha que diz chamar-se Sandra.
 


“Tuapandula, muito obrigado chefes, por nos terem trazido de volta a nossa filha" foram palavra de agradecimento , a policia pela senhora, Isabel Njepele mãe da jornalista Florinda Canjungo, órfã de pai de origem malangina, então oficial das FAPLA, Major Sampaio da BCA-Namibe.

 

A  restituição da jornalista correspondente da Rádio Ecclesia do Namibe, Florinda Canjungo a  família, veio acalmar o pesadelo que atormentava, familiares, colegas e amigos,  dissipando igualmente dúvidas que pairavam, segundo as quais, teria sido raptada pelo regime, por razões profissionais.


Outros contornos


 
A família quer conhecer o suposto autor de cárcere privado de amores Carlos Fernandes Catmati "KINITO". Consuetudinariamente a mãe declara-se responsabilizar a pessoa que privou a filha por quatro dias, incomunicável, no quadro das normas que regem aquela família que tem raízes de Ganda-benguela e Caconda.

 

Sacerdotes reagiram


 
O Clube-k soube que alguns sacerdotes foram igualmente ao piquete policial  do Namibe e tiveram contacto com o presumível autor de cárcere privado. A opinião divide o mosaico Namibense e Luandense. Alguns, mostravam-se preocupados com a integridade física da jornalista e outros preocupados com o factor imagem.

 

O que dizem  sobre a policia nesta acção

 

Que dera o exemplo do Namibe, contagiar o pais inteiro. teriamos sim, a policia ao serviço da população. Uma intervenção desapaixonada, acima de tudo direccionada a defesa da vida humana. O resgate da Florinda so demostra que a policia esteve do lado da da vida, de resto que a família resolva. Atendeu o grito de que  ha  quatro dias, não via sua filha e no momento certo, os comandados do Comissário Antonio Pedro Candela, mataram a cobra e mostraram o pau.

 

Moral da historia


Será que a policia controla os passos dos cidadãos? segundo os agentes participantes nesta operação, no Namibe temos a situação controlada, mais policia na rua, especialistas criminalista actuantes e resposta no momento certo. Nós, não interfilamos na vida pessoal de cada um, mas em caso de algum esclarecimento, estamos pronto, disse.