Brasil - O governo suiço anunciou nesta sexta-feira o congelamento de quaisquer bens que pertençam ao ex-presidente egípcio Hosni Mubarak ou sua família na Suíça. O porta-voz do Ministério do Relações Exterior do país, Lars Knuchel, disse que a ordem para bloquear qualquer conta bancária entra em vigor imediatamente, mas não deu nenhum detalhes sobre os bens da família.


Fonte: Ultimosegundo

Dirigentes do partido demitem-se, Mubarak é o único que se mantém  no poder | © Dennis Brack/Pool EPAQuestionado no início desta semana pela TV nacional suíça SF se Mubarak ou parentes tinham dinheiro no país, a ministro das Finanças Widmer-Schlumpf respondeu: "Não temos qualquer indicação clara de que haja algo aqui, mas claro estamos no processo de esclarecer isso e agiremos de forma apropriada", disse.

 

Após 18 dias de manifestações contra o seu governo, o presidente do Egito, Hosni Mubarak, renunciou ao cargo nesta sexta-feira, transferindo todo o poder ao Exército e pondo fim a seus 30 anos de governo autocrático. A decisão do líder de 82 anos, que estava no cargo desde 1981, acontece após históricos protestos diários iniciados em 25 de janeiro, que transformaram a política interna do país e de todo o mundo árabe.

 

Em pronunciamento horas depois da saída de Mubarak, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que os egípcios "nos inspiraram" através da "força moral", de uma mobilização não violenta que mudou seu país. Ele também afirmou que o Exército agiu responsavelmente durante a crise, mas com a ressalva de que os militares "terão de liderar uma transição genuína no Egito".

 

O anúncio da renúncia foi feito pelo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, horas depois de ser divulgada a notícia de que Mubarak e sua família tinham deixado a capital do país, Cairo, em direção à cidade egípcia de Sharm el-Sheik. "Nessas circunstâncias difíceis pelas quais o país está passando, o presidente Hosni Mubarak decidiu deixar a posição da presidência", disse Suleiman. "Ele encarregou o Conselho das Forças Armadas a dirigir as questões de Estado."