Cairo - "Mubarak deve ser julgado não só pela corrupção, mas pelo derramamento de sangue", afirma o vice-presidente do Fórum Social Africano, o egípcio Mamdouh Habashi, um dos intelectuais do Fórum Social Mundial (FSM). Para ele, a queda do presidente Hosni Mubarak é uma vitória para os manifestantes do Cairo, mas "há ainda um longo caminho" para o Egito.


Fonte: O Globo


Dirigentes do partido demitem-se, Mubarak é o único que se mantém   no poder | © Dennis Brack/Pool EPAAssim como o economista Samir Amin, Habashi afirma que a "revolução" em seu país não é apenas pela democracia, mas um movimento antiimperialista.



Na opinião de Habashi, não há nenhum risco de que o Egito se torne um país fundamentalista, como aconteceu no Irã, após a queda de Reza Phalevi.



- A Irmandade Islâmica não representa risco à democracia. Ela não é fundamentalista no Egito e não tem tanta ascendência sobre o movimento que derrubou Mubarak. O grupo é um pouco "demonizado" pelo Ocidente - disse, saudando a vitória do movimento popular no Cairo durante a assembleia de encerramento do FSM, em Dacar, no Senegal.