Luanda - Os primeiros dias do padre  Muanamosi Matumona nas vestes de novo Director Geral  da Radio Ecclésia    esta a ser criticado,  em meios da sociedade civil em Luanda,  por causa de um acto de censura que envolveu o acadêmico Fernando Macedo (na foto).


Fonte: Club-k.net/Angop


De acordo com constatações, a emissora católica interrompeu “misteriosamente” a sua emissão  nesta,  Quarta feira quando Fernando Macedo  falava em  directo tecendo   criticas a Igreja Católica por ter impedido o lançamento do  livro  “Quando a Guerra é necessária e urgente ” do activista Domingos da Cruz.

 

O acadêmico fez as criticas   quando apresentava  uma palestra na conferencia internacional sobre mídia comunitária, promovida pela fundação Open Society que teve lugar na cidade de Luanda com cobertura directa daquela emissora cristã.

 

Informação como direito do homem 


O direito à informação está enquadrado no ordenamento jurídico angolano, de forma abrangente, como sendo indispensável à pessoa humana e impõe obrigações ao Estado na busca e garantia de um serviço público baseado na liberdade de imprensa e na competitividade, disse hoje, quarta-feira, em Luanda, o professor universitário Fernando Macedo.

 

Fernando Macedo fez esta afirmação durante uma dissertação sobre o tema “Informação como direito humano”, inserida na “Conferência Nacional sobre Media Comunitária”, que decorre nesta cidade de 30 a 31 de Março, sob a égide da organização não-governamental Open Society.

 

Durante a prelecção, Macedo, que é mestre em relações internacionais e docente da universidade Lusíada de Angola, disse que o direito à informação significa, entre outras coisas, a promoção da histórica memória colectiva, devido aos benefícios que uma verdadeira informação proporciona à sociedade.

 

“Nós queremos afirmar os nossos direitos, mas de forma pacífica, eu advogo a transformação do nosso país, mas de maneira pacífica”, frisou num tom crítico.

 

Considerou que Angola é uma sociedade doentia devido ao elevado grau de recalcamento resultante da realidade actual do país.

 

No período da manhã, com outros palestrantes, a conferência abordou três painéis, nomeadamente “Direito à informação/segredo de justiça e de Estado”, “Jornalismo em Angola - Fontes de informação” e o  “ Marco regulatório de direito e acesso à informação”, todos enriquecido com diversos temas.
 


Quinta-feira, segundo e última dia de trabalhos, os participantes deverão debater a “Liberdade de imprensa e comunicação como direito humano”, “Media comunitária: políticas, desenvolvimento e democracia” e “Media comunitário: experiência e perspectiva na região Austral”.