O club-k precisa posicionar-se, e não jogar às escuras

 Não estamos aqui para condenar essa imparcialidade e isenção, é um problema do club-k e seus administradores  tomarem a posição que querem, afinal eles são cidadãos e agentes políticos do mundo em que vivemos.  Assim, devemos reconhecer  sem constrangimento suas posições políticas. Ou seja, de que lado estão, de que lado da história, de que lado estão nesse processo. Pela destruição do país e a tomada do poder incondicional, que caracteriza aos bárbaros ou por uma verdadeira democracia, onde educar o povo não consiste em injetar mentiras e desinformação.

Em nossa opinião o club-k pode ter direito a tudo, mas o que não tem e nem deve fazer é o duplo jogo, ou até mesmo usar uma certa camuflagem em nome de uma democracia que ele, com suas mentiras, ajuda destruir.

Aqui mesmo no club-k tem-se falado muito de educar a população para se construir uma democracia. Para os administradores do club-k, o que significa educar um povo? É fazer pacto com a mentira cotidiana? Quantas mentiras o club-k não vinculou em seu site e que mais tarde chegou-se a conclusão que não era verdade, era tudo mentira. Um exemplo dessa mentira que posso fazer recordar aqui é sobre as declarações de Bob Geldof num dos hotéis de cinco estrelas em Lisboa ou na cidade do Porto. Onde o Embaixador Angolano  foi retratado  como um covarde que saiu com o rabo de baixo das pernas, mesmo depois que as agências Lusas reconheceram  que o Embaixador nunca esteve naquele lugar aquela hora, o club-k continuou vinculando a mesma notícia durante semanas, talvez um mês. E outras mentiras por aí, são dezenas ou centenas de mentiras que podem ser mencionadas.

Além disso, está na cara, já me referi  a isso, mas vou usar outra técnica de expressão. O club-k é a voz dos ex-colonos mafiosos portugueses, que na verdade deixaram de provocar medo ou induzir qualquer tipo de temor, nem as nossas crianças sentem medo desses mafiosos e mercenários; é a voz daquela turma de  atontados que fingem em  serem  jornalistas e que estão incumbidos   de mandar e enviar recados ao governo angolano  pelos Soares , e todo lixo que a sociedade portuguesa tem vontade de se livrar e que  por desgraça não pode. – Merecem. Por isso, não aceito, e não posso  sentir-me enganado ao aceitar a proposição de que o club-k é a voz da diáspora angolana, muitas vezes acreditei nisso.  -Sinceramente, agora, não!  O club está muito longe disso, de defender os interesses angolanos.

E vou mais longe.  Depois da organização de Jonas Savimbi,  que andou décadas infernizando das populações angolanas. Agora temos o club-k, só que desta vez fingidos de intelectuais, que tudo podem e sabem, que todas as soluções têm para governar um país. A propósito da capacidade intelectual de uns ou de outros, não se esqueçam que aqueles que hoje estão governando o  país,  e mesmo aqueles que estão  na oposição, um dia já pertenceram a diáspora. Assim  as diferenças não devem ser tantas. Eu acho que o povo angolano não tem e nem terá muito a ganhar com essas diferenças. Se não souber  contar com o seu próprio esforço,  talento e  criatividade.

O fato de que o mesmo dá-se o trabalho de publicar  artigos de autores de várias tendências  não constitui prática de imparcialidade, mesmo porque o club precisa dessa diversidade. Porque senão seria extremamente monótono e chato ler  a inúmera  quantidade de artigos vindo dos  elementos da oposição; artigos, todos eles, quase sempre repetitivos, com idéias imprecisas. O club precisa da diversidade, mas não por princípios democráticos. Primeiro, para fingir que é tão democrático e que seu exemplo deve ser tomado.

Segundo, entre os seus administradores, que burros e ingênuos não são, tentam no mínimo querer estar  bem com todos. Afinal, dinheiro não tem ideologia, nem transporta a mesma. Dinheiro bom pode ser da esquerda, de Comunistas, de Capitalistas ou de quem é de direita, tudo vale.

Terceiro, entre os angolanos ser rotulado como kwacha deve ser difícil, é um drama, é uma tragédia; igualmente, deve ser difícil para muitos posicionar-se ao lado dessa burguesia sanguessuga, que o MPLA, por necessidade histórica e sociológica foi criando. É  mesmo difícil como diz o Osvaldo. Mas detrás de tudo isso, é mais difícil, ainda, mentir o povo. O que o club-k não tem direito, e não pode ser, e servir, é de instrumento para fomentar a mentira, a difamação. Perguntem a coitadinha da Tchizé, até parece que ela cometeu algum crime por ser filha do presidente. Nesse contexto, com relação à  criatura mencionada, o club usa e abusa da liberdade e a libertinagem que tem. Usa a diversidade do espaço, a virtualidade criada pela tecnologia de nossa época, nada mal desde que isso fosse para o bem de todos. O club instiga a provocação, envia a mensagem, cutuca; e o pior ainda é o retrato da antiga Jamba onde não existia o The Due Process  Laws ( O Devido Processo Legal).

Quem é do MPLA que não é desnudado nessa miserável praça virtual, quem é que não é xingado, incendiado, jogado aos leões. É a plena inquisição na era da internet, sorte que tudo é virtual, mas o perigo não é para menos. O que pode começar aqui, se não tivermos cuidado, um dia termina em plenas praças e ruas de nossas cidades ( Huambo, Benguela, Luanda, Cabinda, etc) Na verdade, chegou-se a um ponto que ser elogiado nesse meio é fútil, insignificante, sem valia. O normal mesmo é ser xingado, por incrível que pareça.

Por isso, às vezes me pergunto, aqueles que um dia querem chegar a governar são assim. Vamos poder viver numa  Angola governada por aqueles que hoje estão na oposição. Ou será o fim de tudo? E nisso estará o club-k?

* Nelo de   Carvalho
Fonte:
WWW.a-patria.net