Luanda - O mau funcionamento da área de recursos humanos e finanças da Direcção Provincial da Educação, tal como o atrasado salarial – há quatro meses – deixa agastados mais 800 professores de várias escolas na  província do Kwanza Norte.

 

Fonte: Club-k.net


Segundo, os homens do giz na região, o problema está no erro dos famosos IBAN’s (International Bank Account Numbers), números este que só cabe as dependências bancárias atribuírem aos seus donos sendo os mesmos negados pelas Instituições em causa.


Dos muitos docentes que estão nesta situação (816 professores), três deles, identificados por Lourenço Coelho, Tomas Garcia e Pedro Neto, ouvidos pelo Club-k.net, mostram-se indignados e os seus descontentamentos aparecem nos rostos, deplorando a situação, até mesmo pedem a quem é de direito para fazerem alguma coisa por eles.

 

Por seu turno, Maria Romão, uma das funcionárias daquele Departamento pertencente à Direcção Provincial sob penacho de Velhinho Joaquim de Barros, confessou ter havido uma transcensão dos IBAN’s nas folhas salariais. De acordo com a mesma “o IBAN de um colega pode transcender na conta bancaria de uma outra pessoa”.


Em face de estas desordens registadas somente nas folhas de salário do sector da educação, o director provincial, Velhinho Joaquim de Barros, terá reunido em Abril último com os directores de todas as escolas daquela província, numa das salas da Escola Primária nº 20, em Ndalatando, no sentido de os mesmos mobilizarem os seus professores que usufruíram dinheiros cuja origem era ilícita.


Entregando assim os extractos de contas bancárias referentes aos meses de Março até Junho do ano em curso para melhor controlar os gananciosos, mas por falta de seriedade e rigor no trabalho de inspecção, este caiu em maus lençóis e não surtiu efeito algum.

 
Importa realçar que, esta direcção tem sido um dos ramos de apêndice do executivo liderado por Henrique André Júnior. Este postal soube também que nos últimos tempos, este sector tem apresentado vários problemas desta natureza, que chegam a ser crónicos, originando assim, várias inconsistências do pagamento de salários.


Por outro lado, a inexistência de muitas instituições do 2º ciclo do ensino secundário, a falta de escola especializada para o ensino especial cujas obras andam paralisadas há mais de um ano, tal como a falta de equipamentos laboratoriais e materiais modernizados na única escola de formação dos professores que, também, funciona em local inapropriado.


 Dentre vários problemas, por exemplo, podemos destacar algumas fraquezas de pagamento de salários, sem uma solução até hoje, que são:

 
1º - Cerca de 65 directores de várias escolas daquela província foram nomeados, mas não auferem salários desde o mês de Fevereiro de 2007;
 

2º - Um número de 11 professores, cujas categorias não foram reveladas à Imprensa, foram desactivados do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado. No entanto, um funcionário por se activar no SIGFE, estando até ao momento inactivado do referido sistema;
 

3º - Cerca de 147 professores do concurso público 2011, não foram inseridos no SIGFE, por alegada falta de vagas no Sistema;
 

4º - 29 professores que não encontram salários certos nas suas contas bancárias mesmo com IBANs correctos;

 
5º - Sem qualquer esclarecimento, mais de 50 leccionadores  foram baixado de categorias em Junho do ano passado;
 

6º - Candidatos não inseridos no concurso público 2008, cujos números a fonte não revelou.
 
Face a estes e tantos os outros problemas ainda ocultos, chama-se a atenção ao governo local a fazer uma análise profunda das suas políticas de trabalho, particularmente, uma especial atenção à Direcção Provincial da Educação que tem estado a pecar todos os anos, sem promessas, nem tempo determinado para resoluções dos seus problemas.