Malawi — Dezoito pessoas morreram por tiros disparados pela polícia na quarta-feira na cidade de Mzuzu, no Malaui, em um dia de protestos contra o governo em várias localidades, indicou nesta quinta-feira à AFP um militante de direitos humanos.


Fonte: AFP/Angop


O presidente do Malaui, Bingu wa Mutharika, afirmou em um discurso por rádio que não deixará o poder e mobilizou nesta quinta-feira o exército na capital Lilongwe.

 

Também nesta quinta-feira, o ministério da Saúde publicou um primeiro balanço oficial dos distúrbios. Segundo uma contagem nacional, doze pessoas morreram e outras 22 ficaram feridas.

 

"A maioria das vítimas morreu de graves hemorragias", declarou um porta-voz do ministério, Henry Chimbali.


"Posso confirmar que sete pessoas morreram por tiros da polícia ontem (quarta-feira)", havia declarado em um primeiro balanço por telefone Maurice Mkandauire, diretor do grupo de defesa de direitos humanos de uma igreja protestante, que afirmava que estavam no necrotério do principal hospital da cidade.

 

Na quarta-feira, protestos contra o governo acabaram em violência na capital Lilongwe e nas cidades de Blantyre e Mzuzu. O Malaui é um dos países mais pobres do mundo.

 

Os manifestantes protestam contra o autoritarismo e a má gestão econômica do governo do presidente Byng wa Mutharika.

 


SG da ONU exprime preocupações face à violência no Malawi

 

O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, exprimiu as suas preocupações face à violência no Malawi que fez pelo menos 18 mortos e vários feridos em confrontos entre manifestantes anti-governamentais e as forças da ordem.

 

Os confrontos decorreram nas principais cidades do país, incluindo Lilongwe, Blantyre e Mzuzu.

 

Num comunicado divulgado em Nova Iorque,  Ban « reiterou o seu apelo para uma resolução pacífica de todos os diferendos ».

 

O Secretário-Geral da ONU exortou os manifestantes e as forças governamentais a evitar a violência.