Lisboa – O PR, José Eduardo dos Santos esta em vias de passar oficialmente, a gestão do projecto agrícola, Aldeia Nova, a empresa «GESTERRA - Gestão de Terras Aráveis, Sociedade Anónima» cujo Presidente do Conselho de Administração é Carlos Alberto Jaime “Calabeto”, figura de alta confiança do Chefe do executivo.
Fonte: Club-k.net
Falência do projecto preocupa JES
A decisão de JES é associada a uma suposta animação que se pretende devolver a aquele projecto agrícola. O projecto “Aldeia Nova” que tem como DG, o economista José Cerqueira, é uma aposta de iniciativa presidencial com o objectivo de relançar a actividade económica do país no meio rural e de criar infra-estruturas residenciais e sociais para a reinstalação ou assentamento de famílias na situação de desmobilizados de guerra, bem como na promoção de indústrias transformadoras de produtos agrícolas locais.
A experiência piloto data desde 2003, com a implementação do projecto agro-pecuário do Waku Kungu, na província do Kwanza Sul levando o governo a investir mais de US$ 400 milhões em assentamentos. A assessoria técnica era até então feita por uma firma israelita LR Group. É do agrado das autoridades a expansão do projecto para a província do Bengo, Benguela, Bié, Cabinda, Huambo, Moxico, Zaire, Uíge e Lunda Norte, Malanje.
Porém, ao longo deste período, o projecto foi dado como estando retrativo acompanhando de relatos desfavoráveis sobre a sua gestão.
A saber:
- No Waku Kungo, o projecto é dado como “meio morto”; os moradores queixam-se da falta de ração para o gado e galinhas. O cultivo este ano foi considerado nulo por conta da ausência de recursos para impulsionar a sua produção.
- Falta de electricidade; os responsáveis compraram geradores (com registro de avarias) mas com incapacidade para suportar a zona.
- O abandono de algumas parcelas de terras que antes haviam retirado as populações esta a encorajar com que, no estado de abandono, as mesmas regressem para reocupar.
- Estagnação da iniciativa de extensão do projecto Aldeia Nova nas províncias de Malanje e Malanje. Os gestores atribuem certa culpa a Higino Carneiro que era o acompanhante do projecto por parte do executivo. Há informações apontando casos de subfacturções.
Os problemas que o Aldeia Nova enfrenta, é reconhecido e admitido pelos quadros da própria administração que em fóruns próprios admitem a necessidade de terem de volta, os Israelitas para a gestão técnica.
Carlos Alberto “Calabeto” que é engenheiro de maquinação agrícola formado em Cuba deverá assumir a gestão do projecto por intermédio da GESTERRA - Gestão de Terras Aráveis, S.A que é uma empresa de capitais públicos e de direito privado criada em 2006 por decreto presidencial (Conselho de Ministro a quem coube indicar os seus membros do conselho de administração).
Apesar de ter conexão a Gefi, o braço empresarial do MPLA, a Gesterra, é a instituição que celebrou, em tempos atrás, o contrato para a implantação da «Fazenda Pungo Andongo», com as sociedades Construtora Norberto Odebrecht, S. A. e a FNP - Consultoria e Comércio, Limitada.
O seu PCA, Carlos Alberto, goza da reputação de figura pragmática que gosta de trabalhar no campo. É a ele, a quem JES a dado momento proporá para ser o Ministro da agriculta mas o mesmo rejeitou. Na pratica, é ele (Carlos Alberto) que opera como um “Ministro sombra da Agricultura” em Angola. Em Abril do corrente ano, o PR, criou uma comissão para radiografar o estado da agricultura do país, e foi a Carlos Alberto a quem o líder angolano passou as competências para integrar a comissão (O Ministro Pedro Canga foi desencontrado). Faz formalmente parte desta “Comissão agrícola”, o Ministro e Chefe da Casa Civil, Carlos Feijó. O jurista Nguny Tiny é quem aprecia a parte jurídica.