Lisboa - A RTP África, no seu primeiro serviço noticioso próprio, Repórter África, a seguir às manifestações de protesto, Luanda, 03.Set, prestou ao assunto atenção irrisória: duas mensagens de rodapé, uma das quais depreciativa para os manifestantes.


Fonte: AM

Comprometidos com o sistema

Os temas de extracção angolana merecedores de atenção no referido serviço foram a inauguração de uma nova ponte no Rio Cuanza e um jogo de futebol. Dois operadores da delegação de Luanda da RTP, Hugo Ernesto e Nicolau Chimbila, foram agredidos (contusões na cabeça e braços) quando no largo da Igreja da Sagrada Família colhiam imagens da manifestação, tendo sido assistidos numa clínica; a câmara que utilizavam foi danificada.

 

Os autores das agressões, estendidas a outros jornalistas que cobriam o acontecimento (p ex, António Cascais, da DW alemã, na foto), foram comumente identificados como oficiais da Segurança.

 

O correspondente da RTP em Luanda, Paulo Catarro, (não presenciado no local), fez alusão, numa reportagem sobre o assunto, emitida pelo TJ, RTP 1, 03.Set, à danificação do material, atribuindo-a a “elementos não identificados, infiltrados entre os manifestantes”; não assinalados, porém, os danos físicos causados aos operadores.