Huila -   O executivo da Provincia do Namibe solidarizou-se com a população «passageiros»,que permaneceram 48 horas sob cativeiro policial da Huila, no Municipio da Humpata, justificada de uma suposta operação contra autocarros e miniautocarros de provincias vizinhas.

FONTE: SENTINELA DO POVO




As autoridades policiais da Província da Huila, voltaram a cometer excessos na operação stop que decorreu nas principais estradas que dão acesso a entrada na cidade do Lubango, nos dias 8 e 9 do me em curso, portanto quinta á sexta-feira, retendo autocarros e mini autocarros e respectivos passageiros «velhos mulheres grávidas e bebes no cativeiro», situação extremamente deplorável e desumana, por mais de vinte e quatro horas sem assistência alimentar e sanitárias.



O Município da Humpata, foi o local escolhido pelo Intendente Pedro Domingos, comandante da unidade Operativa do Lubango, arrogantemente, para tortura física e psicológica dos passageiros do Namibe que tinham como destino a cidade do Lubango, dos quais maioritariamente mulheres, na luta pela sobrevivência e estudantes universitários residentes no Namibe, mas obrigados a percorrer todos os dias a estrada 280, para assistir as aulas nas faculdades sedeadas no Lubango, enquanto que outros cidadãos que igualmente ficaram sob cativeiro policial no Município da Humpata-Huila, por suposta ordem superior das patentes da corporação do Lubango, nesta operação dirigida pelo comandante da unidade operativa do Lubango, Pedro Domingos, eram doentes, com documentos em mãos que se destinavam ao tratamento médico nas unidades hospitalares do Lubango.



A moda de retenção de autocarros e miniautocarros públicos, devidamente licenciados e alguns deles igualmente associados na AMOTRANG, um dos parceiros do governo, no domínio dos transportes públicos, foi igualmente extensiva na estrada que dá acesso a saída do Lubango ás principais três estradas de Benguela, que também dá acesso as províncias do Kwanza Sul, Luanda, por aí além, a segunda que vai para o Huambo e Bié e a terceira em paralelo continuo, para o Kuando Kubango, passando pelos Municípios de Quipungo, Matala, Comuna do Dongo «Município da Jamba», Município do Kuvango, Kuchi e Menongue, respectivamente.



A localidade do Toco, foi igualmente a zona escolhida pelos policiais, que durante mais de vinte e quatro horas, ficaram retidos autocarros e mini autocarros com passageiros, provenientes de Luanda, Kwanza Sul e Benguela para o Lubango-Huila e as províncias do Namibe e Cunene, respectivamente, em numero acima de cinquenta meios que depois vieram juntar-se com outros em ascendente ou seja, os autocarros e miniautocarros que saíam do Lubango para as províncias de Benguela, Kwanza sul e Luanda.



A operação desencadeada pelas autoridades policiais da Huila, não se justificou na grande preocupação do país, que tem a ver com a problemática dos acidentes de viação, tal como acontece com outras províncias de Angola. O sofrimento da população nestes autocarros, teve como base as suspeições da existência de licenças falsas, supostamente passadas pela direcção nacional dos transportes em Luanda, bem como os títulos de concessão de actividade de transportes rodoviários, supostamente passados pelos governos do Namibe, Benguela, Kwanza sul e Luanda, excepto a Huila que se auto-proclama auto releva de estar isento de mãos sujas, neste sentido. Portanto, levantaa-se também em torno desta operação suspeições de estar por detraz de caça dólares a favor dos próprios mentores, segundo os visados, muitos dos quais obrigados a pagar avultadas somas em dinheiro para se livrar do pesadelo, mas sem qualquer recibo pelo valor pago, refere-se portanto das constatações no Toco.



Na localidade do Toco, os mandantes da operação facturaram avultadas somas em dinheiro para os seus bolsos, daqueles que impacientemente pretenderam desfazer-se desta confusão e partir imediatamente para Luanda. António Faustino, proprietário de um miniautocarro «cuja a matricula pediu para não se revelar por razões de retaliação» para se desfazer desta confusão, desembolsou setecentos e cinquenta dólares americanos «750 USD» e foi autorizado pelo segundo chefe daquele posto, partir na calada da noite.

A mesma sorte coube a outros doze utentes de miniautocarros das províncias do kwanza sul e de Luanda, também soltos na calada da noite, depois de terem enveredado pela prática de suborno ou corrupção, sob exigência policial no local que tinha elementos que batiam as portas dos motoristas, apresentando propostas em dinheiro.



Os factos ocorridos na Huila, nesta operação stop que teve como preocupação o dinheiro, os ferros e não a pessoa humana, reforçam uma vez mais a forma deplorável e desumana de como as autoridades da província da Huila tratam a população, uma desgovernação traduzida no autoritarismo e terrorismo psicológico liderado pelo próprio Governador Isaac dos Anjos, que com a picareta demolidora, manchada de sangue nunca deixou de semear a dor, a todos níveis violando os limites impostos pela assembleia nacional ao insistir colocar ao relento milhares de pacatos cidadãos, sem piedade, pondo no olho da rua crianças, velhos e mulheres grávidas, por baixo da chuva, o que lhe valeu atributo de Governador Isaac dos DIABOS.



O MPLA partido no poder, tem neste momento na Huila três desafios. O primeiro fazer loby junto do executivo para que este compreenda que a governação de Isaac dos DIABOS é insípida, insossa, aguada rebelada e contrária aos esforços do executivo central, causando constrangimentos as linhas programáticas do próprio partido a que pertence, que lhe conferiu mais esta oportunidade, depois dos acontecimentos que os angolanos conhecem, que levara Isaac dos Anjos as barras do tribunal na chamada pensão.



O Segundo desafio, prende-se com o excesso da própria policia que por várias vezes, demonstrou que não tem sido justa para consigo própria, no respeito a lei. Protagonista de revoltas de moto-taxistas e taxistas com o derramamento de sangue a mistura e agora com mais esta façanha que em nada dignifica o empenho dos políticos, na pacificação dos espíritos da população e não só.



O terceiro desafio e o mais relevante, é o de convencer os mais de seiscentos mil eleitores  que no ano 2008 confiaram o seu voto ao MPLA, no universo de oitocentos mil eleitores registados, uma vez que muitos destes, foram assolados pelas demolições agigantadas pelo camartelo demolidor de Isaac, governador que mais destruiu que construiu na Huila, entrando inclusive em conflito dos os dirigentes do seu partido que sempre estiveram ao lado do povo.



Perante os factos ocorridos no passado final de semana, muitos concessionários em Luanda, o próprio Presidente Nacional da AMOTRANG-Associação de Moto-Taxistas e Transportadores de Angola, Bento Rafael e outras individualidades, em defesa da população terão já recorrido ao Comandante Geral da Policia Nacional  Ambrósio de Lemos e ao SG do MPLA-Partido no poder, Julião Paulo «Dino Matross» para o esclarecimento dos factos desumanos, ocorridos na cidade do Lubango, pior um pouco em vésperas das comemorações do 17 de Setembro, dia do herói nacional «Agostinho Neto», que tinha como o legado: O mais importante é resolver os problemas do povo.



O Governo da província do Namibe, comunicado sobre um número elevado de passageiros nos miniautocarros e autocarros retidos por mais de vinte e quatro horas no Município da Humpata, por ordem policial da Huila, a partir do posto de portaria da Leba, pressionado igualmente pelas igrejas que tem seus fieis sob cativeiro policial, a sociedade civil, cada vez mais actuante e a Delegação da Amotrang-Namibe, o executivo de Cândida Celeste da Silva, não viu outra saída se não solidarizar-se com o sofrimento de crianças sobretudo, mantidas há mais de vinte e quatro horas retidas nos autocarros no Município da Humpata. Incumbiu a responsabilidade ao Comando Provincial do Namibe da corporação, o comissário António Pedro Kandela a encontrar uma solução imediata com o seu homólogo da Huila, que visa resgatar a população sinistrada e averiguar os factos para o devido esclarecimento dos factos as entidades afins.



Segundo as nossa fontes, o Comissário António Pedro Kandela, «um dos poucos comandantes no país com o carisma humanamente próprio», de imediato, ao cair da noite de sexta-feira «09.09», reuniu-se com especialistas da corporação, alguns deles ao longo daquela noite, partira para missão preliminar á cidade do Lubango, tendo a delegação oficial, chefiada pelo comandante da unidade operativa do Namibe, o intendente Teodoro Renato, partido ás 3H45 na madrugada de sábado ao Lubango. Foi constatado in loco no Município da Humpata, a concentração dos meios, respectivos motoristas devidamente documentados, crianças, mulheres na condição de passageiros, todos no cativeiro, segundo o nosso olheiro no local.



Alguns motoristas de autocarros e mini autocarros, já lhes tinham sido aplicado multas coercivas «policiais» e já pagas, mas ainda assim continuavam submetidos a humilhação e sevicia, portanto sem qualquer horizonte de esperança para a sua libertação do holocausto. Surpreendidos com a presença da delegação policial do Namibe no local, apesar da fome, impaciência e outros abalos, os cativos suspiram de alivio enobreceram o nome da sua governação que tem uma mulher a todos títulos tratada de mãe e agora potenciada com um novo comandante policial cuja atitude de trabalho desperta atenção até do cidadãos menos atento quanto a humanização que se pretende para com o publico.



Assim, terminava também a travessia pelo deserto, ficando agora as averiguações das causas porque os cidadãos ficaram sob cativeiro policial na Humpata há mais de vinte e quatro horas sem motivo aparente, esclarecimentos que se exige que sejam público.



A unidade operativa do Lubango acusa autoridades governamentais da província do Namibe, concretamente a direcção provincial do Namibe dos transportes de ter passado documentos que não têm relevância para aquelas autoridades policiais do Lubango, um facto que dada a pertinência que se impõe na uniformização dos critérios universalmente aceites, o caso deverá ser encaminhado ao mais alto nível do país.



Fontes por confirmar, revelam que esta aventura de mau gosto da unidade operativa do Lubango não é nova, já houve momentos em que se observavam choques com os militares da quinta região, nunca aconteceu o pior, graças a pronta intervenção do general Furtado na altura comandante daquela região militar. A corrupção no seio da polícia de trânsito quer ao nível dos Municípios de Chibia, Quilengues, Caconda, Chibia, com maior incidência para os Municípios do troço que faz a ligação com a província do Huambo, ganha contornos preocupantes.



A mudança de direcção na unidade operativa do Lubango poderá suavizar e impedir que erros desta natureza voltem a acontecer, dignificando deste modo o nome e o papel da policia na sociedade, fazendo fé o principio «policiamento de proximidade».



Uma vez mais o Comandante da unidade operativa do Lubango Pedro Domingos, esqueceu-se de que o seu serviço deve-se reflectir no bem, em defesa da população, razão da sua existência, o que não aconteceu nesta operação, onde fomos brutalmente maltratados, o chefe Pedro Domingos não quis ouvir ninguém, desligou os telefones para não atender igualmente os nossos patrões, chamou-nos a todos nós de bandidos, quando se sabe que bandidos são aqueles que se aproveitam da farda para fazer sofrer o povo em tempo de paz, lamentou Domingos Manuel Adão, um dos motoristas de um dos miniautocarros, a contas com a diarreia de sangue, por ter consumido agua imprópria na Humpata.



«Afinal quem é bandido? Aquele que abusa o povo por estar vestido de policia ou nós que pagamos as nossas contribuições, estamos documentados, mas em nome da arrogância estamos aqui no cativeiro fazendo-nos recordar o tempo dos karkamanos sul africanos, no Cunene? Isto é abuso, aqui no Lubango o Governo, só sabe abusar o povo, porque é que estes senhores não aprendem com o Namibe e outras províncias que tratam bem o povo. O presidente da Republica deve resolver o problema da Huila o mais urgente, começando pelo próprio governador, até estes policias que abusam o povo»,

Lamentou António Fragoso Namby, motorista também retido por mais de vinte e quatro horas na Humpata com passageiros vindos do Namibe, no autocarro.



Os concessionários dos transportes públicos licenciados no transporte de passageiros na linha Namibe/Lubango, reuniram-se no passado sábado com a AMOTRANG-Namibe, aquém apresentaram proposta de greve ao longo desta semana. Vamos parar com a nossa actividade de transportação de passageiros para o Lubango, em resposta ao abuso que sofremos desta vez, disse a rádio despertar Eduardo Domingos, um dos utentes de cinco miniautocarros que operam nesta via.



A situação está a ser ponderada pela associação dos taxistas e transportadores de Angola local, que mantêm-se sintonizada com as autoridades governamentais da província do Namibe e de Luanda, na solução de mais este ambiente azedo que pode minar as boas relações de vizinhanças com a Huila, causando prejuízos enormes aos trabalhadores do estado nesta província em regime de estudantes universitários pois-laboral no Lubango, assim como para a população carente de meios de transporte.



«Os homens valem pela solução dos problemas de outros. Estamos empenhados e acho que vamos corresponder a expectativa, bateremos todas as portas possíveis, no ultimo caso poderemos chegar as portas do executivo central se prevalecer o braço de ferro da policia do Lubango. O país é uno e indivisível, portanto ninguém está autorizado no âmbito das suas funções torturar os cidadãos que de forma física, psicológica ou moral, a lei da probidade publica está clara e todo servidor publico que exceder, sabe que será responsabilizado, serenidade e confiança, nada de greves na transportação da população para a cidade do Lubango» disse a rádio despertar um dos membros da direcção da Delegação da Amotrang na Província do Namibe.