Comunicado de imprensa

Namíbia - A organização de direitos humanos da Namíbia, NamRights, condenou veementemente a decisão duma das maiores empresas de fabricação de computadores americanas, o IBM, para investir U$D100 milhões em Angola.


Fonte: nshr

 
De acordo com relatos de mídia internacional credível, o IBM anunciou na Sexta-Feira, 16 de Setembro, que vai investir 100 milhões dólares americanos para uma "pesquisa avançada em larga escala de análise" e "inteligência de negócios" em Angola.

 
"Portanto, isto significa que o IBM escolheu a cleoptocrática Angola como um melhor destino para investir enormes quantias de dinheiro. Isto sugere-nos também que o IBM tem confiança e aprova a actual situação política em Angola," disse o Director Executivo do NamRights, Phil ya Nangoloh.

 
O anúncio do IBM veio menos de duas semanas depois de ocorrência de mais repressões violentas contra activistas pró-democracia em Luanda. Assim, tais investimentos do IBM podem ser razoavelmente interpretados como cumplicidade e sustentação em curso a supressão do movimento pró-democratico nascente naquele país.

 
"Esta é também uma reminiscência do facto de que o IBM foi uma das principais corporações multinacionais ocidental que sustentou o regime do apartheid na África do Sul antes da transição democrática em 1994. Pode-se notar como e porque que nós como um grupo de monitoramento de direitos humanos, condenamos fortemente o IBM nos seus investimentos irresponsáveis em Angola. Na medida em que uma entidade corporativa tem o direito de fazer lucros, a realização de lucros devem ser guiada pelos princípios da moralidade internacional,” disse ya Nangoloh.

 
A NamRights apoia a Iniciativa Global Compacta de 2000 das Nações Unidas, que junta corporações de negócios juntamente com as agências da ONU, trabalho, sociedade civil e governos para cumprirem os “dez princípios universais” nas áreas dos direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.

 
A iniciativa propõe que as empresas têm a "responsabilidade de respeitar os direitos humanos", e que os Estados têm um "dever de proteger" contra os abusos de direitos humanos pelas empresas, e que tanto o Estado e as empresas devem fornecer acesso mais eficaz de remédios para as violações de direitos humanos. O então Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, lançou a iniciativa em 2000.

 
Angola é um país bem conhecido nos círculos de direitos humanos em todo o mundo, pelo seu notório histórico de violções de direitos humanos nas áreas de ambas as liberdades civis e direitos económicos e sociais.

 
Aos 3 de Setembro de 2011, cerca de 50 jovens manifestantes pró-democracia, que denunciaram abusos dos direitos humanos, escassez de água e electricidade, e a pobreza opressiva que a maioria dos angolanos sofrem, apesar do rápida crescimento do país alimentada pelo petróleo, os jovens foram espancados e presos e jornalistas atacados depois que as autoridades angolanas reprimiram cerca de 300 jovens na capital de Luanda. Estima-se que dois terços dos 16 milhões de Angolanos vivem com menos de 2 dólares por dia, em um país que é o maior produtor de petróleo da África após a República da Nigéria.
 

Os manifestantes também apelaram ao Presidente José Eduardo dos Santos, também chamado de "Zé Du", que está no poder há 32 anos, a renunciar o cargo.
 

Em caso de informações adicionais, favor ligar, enviar e-mail ou texto ao: Steven Mvula ou Phil ya Nangoloh em Tel: +264 61 253 447, 264 236 61 183 ou 264 811 406 888 (horário comercial) ou pelos telemóveis: +264 811 299 886 (Phil) e +264 ou 812 912 948 (Steven) ou via E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. visite-nos em: Liberty Center, 116 John Meinert Street, Windhoek -West em Windhoek ou visite nosso website em www.namrights.org.na