Luanda – A manifestação dos familiares das vitimas do dia 3 de Setembro,  concentrados  no Cemitério da Santa Ana em Luanda,  terminou nos arredores do mercado dos Congoleses sem,  no entanto,  haver   registro de agressão por parte da Polícia Nacional contra os  populares.


Fonte: Club-k.net

Terminou sem  agressão da polícia

Enquanto decorria a manifestação, elementos dos serviços de segurança trajados a civil teriam  se infiltrado no seio das famílias para impedir registro de imagens. No local, encontram-se vários polícias, que presenciaram o referido acto contra os jornalistas.  A equipa de reportagem da RTP viu a sua camara  danifica  enquanto que um  outro repórter do semanário SOL teria sido agredido. Os agentes da segurança impediram igualmente registro feitos  por câmaras a partir dos tele-moveis. 

 

A dada altura, os manifestantes  foram barrados na zona da estrada de Catete, lateral a ponte da 7 esquadra, por um forte aparato policial, que os impediu de seguir a marcha. Os populares que traziam consigo cartazes com dizeres direcionados a  libertação dos seus familiares  acabaram  por se deslocar  para as   redondezas do mercado dos Congolenses.


No decorrer da  atividade,  apareceram, no local,  figuras ligadas ao MPLA, nomeadamente o responsável da política de Luanda, Norberto Garcia, o primeiro secretario do Cazenga, Francisco Naval e o  Primeiro Secretario Municipal do partido no poder no Rangel, Maciel Neto “Makavulo”. A delegação do partido no poder, tentou influenciar os   manifestantes para que não usassem cânticos de criticas ao Presidente da Republica, José Eduardo dos Santos.


Quem também chegou ao local, foi o jornalista e  advogado William Tonet, que face ao ambiente decorrente, aconselhou as familiares, a aceitarem a decisão  da Policia Nacional, em  por  termino  a manifestação e regressarem para as suas casas.


Os agentes da polícia e os responsáveis do MPLA  que acompanharam o dialogo entre o advogado e as famílias  mostraram-se surpreendidos pela forma que os manifestantes  escutaram  aquele profissional sem haver  qualquer resistência. Os mesmos  terão chegado a conclusão que a onda de contestação que ocorre no país esta desprovida de cunho de partidos da oposição conforme o discurso de dirigentes do regime.