Combate a abstenção: Analises sugerem que as autoridades em Luanda terão notado que o nível de abstenção seria enorme arrastando desvantagens para o MPLA. Foi redobrado o combate ao mesmo. O Presidente da Republica, ultimamente tem feito  campanha para participação dos cidadão nas eleições. Vários spot publicitários de apelo ao voto foram colocados nas ruas de Luanda. Um Jornalista (do desporto mais popular do mundo)  foi colocado a fazer apelo ao exercício do voto. A ausência de educação cívica eleitoral cria por outro lado “vantagens”. Circula rumores, de fonte incerta, insinuando aos trabalhadores menos lúcidos da função publica que o voto é obrigatório. 

Município do Rangel: É registrado neste município (Marçal, Precol, Nelito Soares)  certo desconforto dos moradores. A bem pouco tempo , no bairro Nelito Soares batiam-se pelos problemas de águas “salobas” que inundavam as casas. Os jovens diziam que não iriam votar. Agora, as ruas passaram a ser concertadas. Algumas casas que a 20 anos não jorravam água pelas torneiras passou a ter nos últimos dias. Uma recente discussão na Rua de lousa, entre os moradores indicava indecisão. Já não sabem se votam ou não.

No Marçal alguns filhos de ex-guerrilheiros do MPLA, entregaram-se afincadamente a um comitê nas redondezas da Rua da Abrigada. Os pais estão financeiramente mais folgados desde que passaram a receber subsidio do Ministério dos antigos combatentes/caixa geral de deposito e alguns desses jovens conseguiram ingressar na universidade privada.

A precol era ate pouco tempo celeiro do PADEPA. Alguns dos seus membros eram professores nas escolas daquela área com realce ao Ngola Mbande. Estavam  habilitados a desenvolver  sensibilização aos jovens. O cenário foi  contornado. Um jovem político Carlos Leitão cuja capacidade de incentivo é estimada pela juventude passou a ter como adversário, um activista do MPLA conhecido por Maciel “Makavula”, que nas estruturas do estado responde pela  administração Estatal por aquela localidade. Makavulo e Leitão vivem na mesma rua.  Leitão vê em makavulo atitudes de monopolizar o bairro pelo que não aceita (como mandar pintar tanques de água/lanchonetes com as cores da bandeira do MPLA)

 Silva Cardoso cuja inteligência é admirada no bairro também goza de influencia na juventude da precol. Já não lá vive. Mudou-se para cacuaco. Inicio do mês em curso teve um encontro com militantes, com destaque aos taxistas para apresentar propostas para que no parlamento tratariam das questões rurais. Ficou consumado que o seu apoio esta reduzido. O grupo de Silva Cardoso passou a ser tratado por “PADEPA do MPLA”.  

Imgombota: Este Município, por exemplo, deve constituir preocupação extrema ao MPLA pelas seguintes razões. 1- Muitas empresas estão ali centradas (Escritórios, Bancos, agencias, clinicas, bares e etc). As mesmas  servem como factor de encorajamento aos funcionários a viverem naquelas redondezas.  A)-  O Município é habitado por gente instruída que é classe que mais revela descontentamento. Tais impulsos  alimentam certezas de que o partido que vencer as eleições corre o risco de não se triunfar com maioria absoluta na capital. ( Razão pela qual o MPLA optou por apostar nas províncias para contrapor). B) – Analises sugerem que parte dos descontentes intelectuais do MPLA (se não se absterem) tendem a votar  para um  partido com figuras  próximas ou saídas do seu seio familiar como Justino Pinto de Andrade que agora apóia a FpD. Este partido com sede nesta zona, faz aproveitamento do cenário. De  Junho/Julho  desenvolveu discreta campanha  resgatando descontentes nas áreas adjacentes entre o Maculusso e rua da portugalia cujo mentor foi  Walter Ferreira, um membro partidário de reconhecida habilidade para mobilização/sensibilização.

Um dado a não se ignorar é que intensificou-se, na coluna “espaço de antena” no Jornal de Angola, opiniões extremistas preferencialmente contra a UNITA e a FpD, e discrições pejorativas ao PRD, PAJOCA partidos de emancipação ideológica  ao MPLA que em terceiro opção podem ser votados pelo eleitorado  mais lúcido.

Diferença de tema: A mensagem usada na campanha no interior do pais é diferente a da capital. Na comuna Canjala os populares foram instrumentalizados de que se o MPLA perde as eleições a reconstrução do pais vai parar. Em Luanda, o discurso é  inclinado ao factor progresso e estabilidade econômica. A população de Luanda é instruída mas tem um ponto fraco que é aproveitado: o medo. Em reunião recente, os militantes do MPLA na Ingombotas, foram advertidos a evitar provocação “da outra parte”  e encurtar a exposição pelas ruas por alegada “bandidagem”. As advertências pode ser interpretada da seguinte forma. Incutir medo aos militantes para que no seu impulso votem contra a UNITA que por alegado desespero/inconformismo, que de acordo com informações/insinuações  que circulam no seio do partido, podem fazer “maldade” as pessoas para culpar o MPLA.

Tais insinuações assemelham-se a mensagem passada num acto de protexto verificado, em Junho ultimo, no largo do mercado do São Paulo. Um grupo de lavadores de carro estava atribuir culpas ao Governo/MPLA devido a morte de uma vendedora por um policia. Um activista do MPLA, Victor Cirigado, alcamou os  jovens revoltados dizendo-lhes que a morte da vendedora devia-se a UNITA que estava a infiltrar homens na policia para fazer acções comprometedoras para manchar a imagem do MPLA.

Fonte: Club-k.net