David Mendes, o advogado conhecido pela defesa dos mais desfavorecidos, disse que a acusação está eivada de má-fé, visando prejudicar a campanha do seu partido da qual é um dos principais mobilizadores.

«Esta informação foi feita de forma a falsear a verdade. Isto nem aconteceu ontem, mas na segunda-feira. Nós íamos buscar material de propaganda na segunda-feira na África do Sul, declaramos este valor na Polícia Aduaneira. Eles disseram-nos que teríamos que pedir autorização do BNA. Neste dia começamos a processar todo o expediente para regularizar a situação», sustentou.

O causídico angolano afirmou que o assunto foi trazido a público, de propósito, na sequência da recusa de sua parte da chantagem que lhe foi feita em troca da sua saída do país para a África do Sul. Ele disse que estava consciente em como não «negociaria princípios».

«Indivíduos ligados ao Governo tentaram fazer chantagem comigo dizendo que se eu não mudasse de postura íam manchar o meu nome. Não aceitei este tipo de chantagem porque não estava em causa o meu dinheiro mas do partido. Tentaram por intermédio de algumas pessoas oferecer-me outras propostas a que chamo de corrupção porque, segundo as mesmas, nós estamos numa linha que favorece a UNITA. Também não aceitei esta proposta.»

David Mendes defendeu que a compra de material de propaganda está assistida a todos os partidos concorrentes não havendo razão para a atitude tomada pelos responsáveis da Polícia Aduaneira.

Fonte: VOA