Brasil -  O   Secretário para Assuntos Locais do Presidente da República, André Rodrigues Mingas Júnior , 61 anos de idade,  faleceu as 17 horas de terça-feira, na Unidade do  Hospital São José, da Beneficência Portuguesa na cidade de  São Paulo, Brasil. Três dias antes do infausto, o malogrado sentiu-se mal e foi de  seguida levado ao hospital.


Fonte: Club-k.net


O malogrado encontrava-se naquele país a receber tratamento, e estava em vias de ser confirmado Cônsul-Geral  em  São Paul, em  substituição de  Francisco Encoge. Esteve em Luanda a três semanas atrás para rever procedimentos  da nomeação e   regressou ao Brasil  na passada sexta-feira (07). Previa, dentro de dias submeter alguns documentos junto das autoridades brasileiras respeitante a sua indicação como diplomata.

 

A decisão de  indicá-lo como futuro cônsul  foi uma iniciativa do PR angolano, movida pelo sentido de atenuar as constantes viagens ao Brasil que  André  Mingas, vinha efectuado em resposta a  convalescia. A solução antes encontrada levava  com  que se deslocasse uma vez por semana a cidade de Johanesburgo pelas mesmas razões ao destino anteriormente citado. Em solidariedade com o mesmo, JES decidiu  então mante-lo   em São Paulo, nas vestes de  diplomata.  Durante as ultimas semanas esteve em contacto com a comunidade angolana para se inteirar dos trabalhos  que teria  pela frente.


De recordar que  André Rodrigues Mingas Júnior  foi   arquitecto de formação  pela Universidade Agostinho Neto  e Universidade Tecnica de Lisboa. Era detentor de  Mestrado  em arquitectura de habitação e já  exerceu a docência universitária em Portugal. Foi a figura, a quem  o chefe do executivo  deu,  a 5 anos atrás, a missão de  repensar e desenhar  a modernização de  Luanda, para fazer da capital do país  uma cidade mais contemporânea.


 
Como arquitecto ligado ao poder de decisão,  ressalva-se  por não ter  “apadrinhado” a destruição do antigo  mercado do Kinaxixe cuja importância o mesmo  reconhecia. Em, 2002, escreveu um texto que dizia “o Kinaxixe, para além do valor patrimonial enquanto obra arquitectónica, é um dos últimos grandes exercícios de arquitectura tropical produzidos no país e que traduz, de forma indelével, o pensamento que deve estar subjacente à cultura construtiva em países tropicais”. Segundo explicou, o edifício não só é um caso reconhecido de qualidade arquitectónica, como deve ser tomado enquanto exemplo para a prática contemporânea. (recado não acatado)