Luanda – A Empresa Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) desenvolve um programa de edificação de unidades fabris de produção de distintos bens, na Zona Económica Especial (ZEE), como auxílio à revitalização do sector, afirmou hoje, em Luanda, o administrador da sociedade pública, Baptista Sumbe.


Fonte: Angop


Ao discursar no 1º Roadshow, organizado pela Sonangol Investimentos Industriais (Siind), o gestor referiu que por orientação do Executivo angolano a companhia petrolífera angolana materializa um programa faseado de criação de indústrias, tendo como suporte financeiro o uso das receitas petrolíferas, na geração de fontes renováveis de riqueza nacional.

 

O responsável considerou o encontro entre responsáveis da Sonangol, da Siind e empreendedores de oportunidade "há muito desejada pela comunidade nacional, da esfera de negócios industriais e afins".

 


Realçou que a expectativa do evento baseou-se, por um lado, no propósito de dar-se a conhecer os objectivos que se pretende alcançar com a implantação deste “ambicioso” programa industrial, e por outro lado, com o fim de se obter a parceria dos participantes nas diferentes formas de participação no projecto.

 

“Em resumo, o objectivo é o de ver as unidades industriais da ZEE a expandir o seu produto por todo o território nacional, impondo e consolidando as suas marcas numa perspectiva de rentabilização de negócio”, concluiu.

 

O encontro entre responsáveis da Sonangol e da Siind, vulgo Roadshow, visou obter contributos para o programa de reindustrialização angolana, captar parcerias estratégias nacionais e internacionais para o desenvolvimento das diferentes indústrias projectadas para a ZEE.


Sonangol busca parceria para implantação de 73 unidades industriais

 
A Sonangol EP projectou a implantação, a médio prazo, de 73 novas fábricas vocacionadas à produção de material diverso, na Zona Económica Especial (ZEE), estando para o efeito em busca de parcerias privadas, com vista a sua materialização.
 


Ao intervir no 1º Roadshow com empresários, o presidente da Comissão Executiva da Sociedade de Investimentos Industriais (Siind), Bravo da Rosa, explicou haver indústrias de exploração de cereais e legumes, avícola, metalomecânica, confecções, galvanização pesada, de casas pré-fabricadas, de reciclagem de resíduos, de vidros, entre outras.


 
O gestor esclareceu que a Siind, enquanto responsável pela coordenação e gestão das indústrias da Sonangol e a própria petrolífera nacional pretendem parcerias nas vertentes de conhecimentos (know how) e tecnológico com parceiros nacionais e estrangeiros.
 


Bravo da Rosa salientou que os empresários interessados em fazer parceria nas indústrias da Sonangol, na ZEE, devem possuir como requisitos experiências no mercado angolano e disponibilidade para transmitir conhecimentos aos técnicos nacionais.
 

Acrescentou que os interessados deverão ainda ser de empresas com contas auditadas, com as obrigações fiscais em dia, assim como cumprir com outros pressupostos estabelecidos no Decreto Presidencial 49/11 de 9 de Março, sobre o regime jurídico da ZEE.
 


Durante o período de perguntas e respostas, alguns empresários, entre várias outras questões, indagaram os gestores da Sonangol e da Siind se a produção das unidades fabris apresenta qualidade e sobre a viabilidade de compra de fábricas da ZEE por privados.
 


Em resposta, o administrador da Sonangol, Baptista Sumbe, informou que certos bens já feitos pelas oito fábricas em operação na ZEE, mas que ainda não foram postos no mercado, podem vir a não satisfazer as exigências dos consumidores, em termos de qualidade.
 


“Para nos acautelarmos melhor, vamos estabelecer também parcerias com empresários aptos em nos ajudar na obtenção de produtos capazes de corresponder com a competição do mercado e com qualidade satisfatória”, prometeu.


 
Quanto à compra de unidades na ZEE, o gestor declarou que a construção de fábricas na ZEE é uma orientação do Executivo, através de um investimento 100 porcento da Sonangol.
 

Caso haja interesse na aquisição de qualquer fábrica, referiu, o interessado deverá estar preparado para arcar com riscos advêm da empreitada.
 

Segundo Baptista Sumbe, com o seu investimento, a Sonangol espera obter valor acrescentado com a produção dos bens e com a sua venda e caso alguém concorde pagar já os valores projectados, a petrolífera angolana acertará com o Executivo a hipótese de venda de empreendimentos solicitados.
 


A consulta a empresários serviu para, entre outros fins, a divulgação de oportunidades de emprego directo e indirecto, assim como para promover os produtos/artigos resultantes das unidades industriais implantadas na ZEE.
 

Criada em 2005 e regulada pelo Decreto Presidencial 49/11 de 9 de Março, a ZEE localiza-se no município de Viana, a 28 quilómetros a este de Luanda, comporta dois pólos, um industrial e outro comercial, centro de tecnologia e convenções, numa área de oito mil e 300 hectares.