Antes de pormenorizar os três aspectos mencionados no parágrafo anterior, é oportuno reafirmar que o período de campanha eleitoral, infelizmente foi manchado com alguns dissabores em democracia. Tais incidentes na realidade não surpreenderam alguns analistas, tendo em consideração, as lacunas existentes nos documentos que regulam o processo eleitoral no seu todo aprovado durante o ano passado, aonde o partido maioritário angolano teve o papel mais importante visto que ostenta a maioria absoluta no parlamento.

Um dos aspectos defendidos arduamente pelos críticos dos documentos que regulam o processo eleitoral, foi a falta de definições concretas inerentes as diferentes fases existentes no processo eleitoral. Outro ponto refere-se a falta de uma descrição minuciosa das prorrogativas em relação as assinaturas exigidas aos partidos concorrentes. Por exemplo, as cláusulas atinentes a recolha de assinaturas não específica se um cidadão poder assinar em vários partidos e os métodos para fiscalizar tais assinaturas constam múltiplas vulnerabilidades. O pacote eleitoral no seu amplo sentido carece de uma revisão mais plausível de formas a serem mais concretas, objectivas e imparciais.

Pobreza
Existem factos que ilustram extrema pobreza da população angolana acima dos 85%. Esta crise reflecte não só no fraco poder de compras que os salários reais permitem os trabalhares honestos como também a falta de mecanismos como alvo de amparar e equipar com conhecimentos aqueles grupos de angolanos menos favorecidos. Portanto, todos os partidos e sem excesso, prometeram que dos assentos que conseguirem serão usados para dar cobro não só na luta contra a pobreza (necessidades básicas) com ao mesmo tempo providenciar esperança de vida aos pobres providenciando-os meios de auto subsistência.

Distribuição dos dinheiros
Muitos críticos advogam que existe uma corrupção institucionalizada em Angola. Como resultado os bens que deveriam ser canalizados a servir todos os angolanos são encaminhados para as mesmas instituições ou personalidades. Os slogans eleitorais dos concorrentes as legislativas advogavam que os eleitores terão acesso as movimentações financeiras do estado. Eles acreditam que deste modo, se evitará que um grupo ínfimo se beneficie dos fundos do estado.

Reformas burocráticas
Redefinição e separação dos poderes em Angola. Separar governo de acções partidárias. Definir os deveres e obrigações dos políticos. Enfim, impor políticas que justifiquem uma democracia contemporânea. Mais dialogo abertos entre as diferentes tendências políticas. E ao mesmo tempo, incluir e informar sem filtração as massas populares nas decisões politicas.

Em retrospectiva geral, as três áreas analisadas em síntese dominaram o período da campanha eleitoral. Foram promessas que em resumo estipulam transferir o poder de “decisão da mesa dos parlamentares para as massas”. Os anseios e necessidades da maioria terão prioridades. O povo terá direito de expressar abertamente o seu direito como um cidadão livre.

Filosoficamente falando, o próximo grupo a representar o parlamento angolano fará o uso da palavra democracia tal como os gregos definem [dəmukrɐ'siɐ] “regime político no qual o povo tem o poder”.

“Há que analisar o percurso dos comícios eleitorais” antes de votar
Como se sabe, a ala política em períodos de campanha eleitorais apresentam os seus programas de trabalho como se fosse a salvação e solução para todos os males sociais. Característica primária de todo político é o poder persuadir a qualquer custo.

Assim sendo, o club-k apela a todos os angolanos que exerçam o seu direito de voto, tendo considerado o percurso dos comícios eleitorais. A trajectória política dos oradores e animadores eleitorais. Ai estaríamos em condições de apurar os dados omitidos em cada discurso eleitoral. E como último aspecto, averiguar os feitos positivos não só de cada partido político mais também dos seus figurinos (oradores).

Aos colaboradores deste espaço de opinião que incansavelmente participaram nos fóruns de debates em torno das eleições em Angola, esta direcção deseja boa sorte a todos e que vença o partido que conquistar mais votos populares.

E para concluir: Espera-se que todos os partidos políticos com assentos na próxima legislatura Angola, justifiquem linearmente todas as promessas proferidas nos discursos eleitorais. O povo comum já não têm energias suficientes para suportar -nem mais uma- apunhaladas politícas. As “promessa vazias” não providenciarão crescimento sustentável de forma justa para todos os filhos sofredores de Angola.

P/Dep. Info
Fonte: Club-k