Luanda - Paulo Catarro que recentemente anunciou deixar a RTP ao final de 27 anos ao serviço da estação pública portuguesa foi contratado para trabalhar como assessor do gabinete de comunicação e imagem da Sonangol cujo diretor é o angolano Mateus Cristóvão.
Fonte: Club-k.net
Paulo Catarro trabalha agora no 7º andar do edifício sede da Sonangol

Antes de deixar a RTP, tornou-se próximo do Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação e Marketing da Administração (GRECIMA), órgão que funciona na orbita da presidência angolana somando apreço de um dos seus diretores, Sérgio Valentim Neto.
A aproximação que foi tendo ao regime angolano não é alheia as autoridades portuguesas. Já, em Outrubro de 2011, um antigo governante português, Miguel Relvas que tinha a tutela a comunicação social, apontou-o num acto na Assembleia da República de Portugal como um correspondente exemplar. Reconheceu-lhe atributos como o de ser “apreciado pela elite angolana”.
Antes de deixar a RTP, Paulo Catarro usou as redes sociais para dizer que a sua decisão foi "muito ponderada" e que o leva "a fazer igualmente uma pausa" na atividade jornalística.
"Não sei se voltarei ao ativo mas para já, quanto a jornalismo, chega!", anunciou na sua página de Facebook o correspondente da RTP em Angola, função que desempenha desde 2009.

“Senti-me tão humilhado e revoltado ao ver o Sr. Paulo Catarro a pular de ilha em ilha no Gabinete de Comunicação e Imagem da Sonangol E.P. a baixar orientações aos técnicos/trabalhadores desse gabinete.... quando ainda temos como Director e em funções o "nosso" Mateus Cristóvão cujo o trabalho nestes quase 4 anos que cá está é notável e inclusive o pessoal dele, os meus colegas afirmam mesmo sem vacilar e com satisfação que o Cristóvão é um Senhor Director, sabe comunicar, sabe liderar, sabe delegar, sabe transmitir conhecimento”, refere uma fonte.
Portanto, segundo a fonte “volto a questionar novamente e logicamente sem retirar qualquer crédito/mérito ao profissional português cujo o seu trabalho por acaso conheço há mais de duas décadas como profissional da RTP e depois há uns anitos para cá quando se mudou para Luanda, trabalho que diga-se de passagem não é nada de extraordinário pelo contrário, grande parte dos conteúdos mandados para o "ar" por este profissional são muito superficiais, nota-se claramente que não há aquele trabalho de research e cruzamento de informação mais profundo”.
Tema relacionado